sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Feliz Dia das Crianças!

Grandes baratos da infância...

Hoje em dia, se divertir custa um bocado. Para ficar no exemplo mais tradicional, vamos pensar em um cineminha: some aí R$10,00 pila de cada entrada, R$8,00 de um combo de pipoca, fora o refri e outras besterinhas à parte. Digamos que a conta feche em uns R$25,00 reais. Na minha realidade infantil, eu não gastaria para ver um filme, eu seria a personagem.
O jeito era se divertir com outras coisas. A grande moeda da infância é o tempo, que parece transbordar. Especialmente quando estamos contando os dias para alguma data importante. Eu tinha tempo suficiente para gastar com pequenos grandes baratos, como mudar o foco do meu olhar fazendo as coisas se duplicarem (tipo, ficar vesga). Quando a gente é criança, tem bastante tempo para olhar. Às vezes eu ficava parada só olhando. Olhava o que estava perto de mim, trocava para alguma coisa mais distante, sem me mexer. Belo dia percebi que, se colocasse o dedo esticado bem na frente do meu nariz e olhasse para alguma coisa lá atrás, apareciam dois dedos! Num piscar de olhos, se eu mudasse o foco e mirasse no meu dedo, ele voltava a ser um. Como eu me divertia com pouco...
Pegar elevador ou escadas rolantes. Nós éramos transportados entre alturas por um mecanismo invisível. Como a gente não vê nada do funcionamento do elevador, ficava por conta da minha imaginação. Quem puxava a gente para cima? Será que o homem que construiu prendeu bem? Quanto às escadas rolantes, a dúvida era uma só: se eu prender meu cadarço, será que ela para ou engole meu pé?
Eu também adorava andar dentro do carrinho do supermercado. Ou levar meu irmão ali, fazendo manobras radicais. Tomar banho de chuva, mas tinha um pouco de medo de ser atingida por um raio, fazer bolinhas de sabão, observar as formigas e outros insetos no jardim, procurar trevos de quatro folhas, entre tantas outras coisas... Tudo de graça.
Que lindinha que eu era pequetxita né? Bom feliz dia das crianças (x

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