segunda-feira, 28 de abril de 2008

Anestesiada!

Anestesiada é a palavra certa pra me definir no exato momento. Não sinto mais nada. É como se todos os dias eu fizesse a mesma coisa. É como se cada instante que passasse, eu soubesse exatamente o que vai acontecer. Nada me abala mais. Nada faz diferença. Se a água acabar amanhã, vai ser a mesma coisa. Se o mundo acabar e eu for pra Júpiter, eu não vou perceber... porque eu realmente estou anestesiada. Eu acho que o cansaço de tudo me levou a isso. Essa anestesia se instalou no meu corpo e na minha mente e parece que não vai sair tão cedo. Nem um choque da vida real vai me afetar, muito menos um banho de realidade. Então a partir de agora tudo está bem, porque nada mais me afeta. A anestesia não permite isso. A partir de agora, eu não vou mais fingir felicidade, pois a minha indiferença estará estampada na minha cara. A partir de agora, a anestesia vai permitir que só coisas boas aconteçam comigo. Eu vou me permitir isso, porque eu instalei essa anestesia. As coisas vão começar a melhorar, se depender de mim. Eu não vou mais esperar por milagres, eu vou fazer milagres (?). Eu vou fazer acontecer e não mais esperar que os outros façam por mim, afinal, eles não tão nem aí. Eles apenas não se importam. Mas eu me importo, e isso é o que vale. Eu não preciso deles. Eu não preciso da pena que eles sentem de mim. Não preciso de compaixão. Só preciso ser feliz e é isso que eu vou ser daqui pra frente!

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