quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O caos nosso do dia-a-dia

Sou avessa à equações, fórmulas e respostas certas. Não gosto de nada definido. Certezas não me calam. Talvez por ser uma eterna questionadora e reverenciar o que não se explica, eu deva admitir, com respeito: sempre me atraiu o conceito do caos. Não me entendam mal, por favor. A palavra, por si só, já me traz simpatia: "caos" era usada pelos gregos como sinônimo de fenda ou espaço infinito. A simples idéia me encanta e não é só isso. A teoria confirma a natural instabilidade do mundo (e de nós mesmos): há ordem na desordem e desordem na ordem. Viu só? Pra mim, nada pode ser tão real e inspirador. Parece loucura? Olhe, então, a vida se desenrolar lá fora ou atreva-se e vire para você mesmo. Previsões falham, resultados nos surpreendem, contradições surgem, fatos nos tiram do prumo quando tudo parece estar na "mais perfeita ordem". O contrário também acontece. Acredito que uma pequena escolha na vida pode mudar muita coisa lá na frente. A dimensão de tal fato? Não sei medir. Mas, por via das dúvidas, me asseguro: acalmo as borboletas que voam na minha barriga e exijo-lhes ordem. Afinal, nunca se sabe o temporal que somos capazes de criar.

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